A presidenta Dilma Rousseff quer partir nesta terça-feira (24) para
Londres, onde participa da abertura dos Jogos Olímpicos na sexta-feira,
com a greve de professores universitários e institutos tecnológicos
federais encerrada. O Palácio do Planalto autorizou, assim, aos
ministérios da Educação e do Planejamento a cederem em dois pontos para
pôr fim à paralisação que já dura 69 dias.
Segundo fontes ligadas aos ministérios ouvidas pelo iG,
técnicos reunidos na Educação acabam de reformular em dois pontos a
proposta feita na semana passada. A decisão foi tomada após impasse em reunião realizada ontem no Planejamento.
O que o governo decidiu é abrir os cofres e ampliar o pacote
de reajuste orçado em R$ 3,9 bilhões para o intervalo 2012-2015. O
montante havia sido apresentado na semana passada para encerrar a greve
que atinge 57 das 59 universidades e 33 dos 38 institutos tecnológicos
federais do País. A proposta, contudo, foi rechaçada pelos professores. O
governo decidiu então que irá elevar o total inicialmente previsto no
orçamento, aumentando assim o ganho para até mais de 45% como sugerido anteriormente.
Outro ponto no qual os professores bateram pé e o governo irá
flexibilizar diz respeito à construção de um plano de carreira que
atenda aos docentes. O Planalto entende que esta é reivindicação central
e logo mais irá formalizar a criação de um grupo de trabalho
interministerial para redesenhar o modelo.
As mudanças foram o motivo da transferência da reunião
agendada inicialmente para as 14h de hoje, remarcada para as 17h. O
governo entendeu que ceder em alguns pontos é a única forma de debelar a
greve antes do fim das férias dos alunos, na próxima semana.
O secretário de relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, liderou as negociações de ontem e disse ao iG no final da reunião que “gostaria” de encerrar a greve até o final desta semana.
As poucas palavras de Mendonça mostraram o quadro de
desconforto do governo com a continuação da greve. “Hoje [ontem] não
avançamos nada”, afirmou.
Após a reunião, Mendonça se reuniu com a ministra Miriam
Belchior (Planejamento) para apresentar o quadro de impasse. A ordem da
ministra foi para tentar um acordo flexibilizando a postura na mesa de
negociações.
A própria presidenta Dilma autorizou que era hora de
finalizar a greve para evitar arranhões na imagem de seu governo,
ameaçado por uma série de manifestações grevistas por servidores
públicos.
Com isso, a presidenta muda o discurso de que o governo
jogaria duro com grevista, argumentando que a crise internacional não
permite aumento de gastos. A postura pode abrir o flanco para outras
categorias exigirem tratamento semelhante ao recebido pelos professores
federais.
Fonte: IG
Colaboração: Isabel Rosa
Pois é Governo....sempre dá pra melhorar!
ResponderExcluirA enganação é mais do que certa! Basta acessar o Comando de greve da UFG, no post "o que as tabelas escondem", um powerpoint excelente para os que ainda acreditam que a pirotecnia das tabelas representa algo de novo ou alguma proposta séria...FALA SÉRIO MERCADANTE!!!
ResponderExcluir