terça-feira, 5 de julho de 2011

Greve na Ufscar completa um mês


Notícia publicada na edição de 05/07/2011 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 4 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

A paralisação dos funcionários que atuam no setor administrativo e operacional de 48 universidades federais do país completa amanhã um mês sem a apresentação de nenhuma proposta de negociação por parte do Governo Federal. Integrantes da comissão de greve da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), campus Sorocaba, realizaram no início da tarde de ontem para uma assembleia geral sobre o movimento e a definição das estratégias de mobilização.

De acordo com o coordenador jurídico do Sindicato dos Funcionários Técnico-Administrativos da Ufscar, Vladimir Matheus, está prevista para o dia 7 de julho uma reunião da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) no Ministério do Planejamento, quando se espera que seja apresentada alguma proposta para a categoria. Ele diz que em Sorocaba, dos 87 funcionários do campus, pelo menos 90% aderiram ao movimento e permanecem em greve.

Apesar da paralisação, as aulas no campus não foram interrompidas, já que os professores não aderiram à mobilização. As atividades, no entanto, foram prejudicadas em função da interrupção do funcionamento das secretarias dos cursos, biblioteca e laboratórios. Laerte Guimarães, do comando de greve, disse que não há previsão para retorno. "O governo diz que só vai negociar quando voltarmos ao trabalho, mas sabemos que se isso acontecer não haverá acordo", comenta.

Os funcionários reivindicam a elevação do piso atual de R$ 1 mil para três salários mínimos (R$ 1.635), com 3,6% de alinhamento entre as faixas salariais, reposicionamento dos aposentados, retorno do incentivo de qualificação nos salários, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas. Guimarães afirma também que o movimento é contrário ao projeto de Lei Complementar 549/2010, em emenda à Lei de Responsabilidade Fiscal, que congela os salários dos servidores públicos por dez anos, impede novos concursos para reposição de pessoal e reduz drasticamente os gastos com investimento na administração pública. "Sorocaba, particularmente, seria muito prejudicada com essa medida, que impedirá a expansão do campus e a vinda de novos campus", comenta.

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